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quinta-feira, abril 13, 2006

Brasil não terá representantes no Mundial Pista

A tão sonhada participação no Mundial de Pista foi, mais uma vez, deixada de lado.

A Confederação Brasileira de Ciclismo cancelou a ida dos quatro ciclistas que representariam o Brasil na disputa em Bordeaux, na França, entre os dias 13 e 16 deste mês.

Após divulgar oficialmente a convocação de ARMANDO CAMARGO, o Piá, e MARCOS NOVELLO, da equipe Memorial/ Santos/ Fupes/ Giant, de HERNANDES QUADRI JÚNIOR, da Extra/ Suzano, e de DEBORA GERHARD, da Scott/ Marcondes Cesar/ Fadenp/ São José dos Campos, a entidade alegou estar sem verbas para a viagem por falta de planejamento.

Segundo o presidente da Confederação, JOSÉ LUIS VASCONCELLOS, os recursos só podem ser utilizados com a programação de gastos feitos, no mínimo, com um ano de antecedência.

“Infelizmente a ida para Mundial não foi programada em função de não sabermos qual seria os critério de participação na época da programação”, disse.

“Entrei com uma solicitação, através de um aditivo, uma mudança de planos. Só que pra isso tínhamos que ter três orçamentos internacionais de todas as despesas que teríamos na França para este evento. Depois de apresentados os orçamentos com as reais despesas, solicitar o recurso, fazer a compra do Euro oficial, fazer a conversão. Nada pode ser gasto fora do plano de ação. Não foi possível conseguir”, justificou.

Os atletas, que chegaram a treinar no velódromo de Curitiba, ficaram frustrados.

“Não vou mais correr pista. Vou me dedicar às provas de estrada”, comentou NOVELLO.

Quem também ficou muito chateado foi ARMANDO CAMARGO, que no último Brasileiro de Pista conquistou seis medalhas, quatro delas de ouro.

“Era uma chance de ouro para o ciclismo brasileiro”, ressaltou o atelta de apenas 23 anos, único brasileiro a figurar entre os top 10 do ranking UCI America Tour, que reúne as voltas nas três Américas.

O técnico da equipe Memorial/ Santos, que teria dois dos quatro atletas no Mundial, lamentou a falta de planejamento.

“Posso até entender a boa intenção da Confederação, mas é frustrante, principalmente para os atletas. Criou-se a possibilidade e a tiraram deles. É uma falta de incentivo total para o ciclismo de Pista. Se não conseguimos ir para o Mundial, como vamos criar uma estrutura para tentarmos crescer na categoria que mais temos chances de medalhas”, frisou DIEGUES.

Ele lembrou que o Brasil será a sede do Campeonato Pan-Americano de Ciclismo este ano, e teremos os Jogos Pan-Americanos na próxima temporada.

“E mesmo assim, não temos a chance de nos preparar, acompanhando as melhores equipes. O pior é que estávamos animados com o Armando. Ele tinha chances de fazer bonito na prova de Scratch. O primeiro passo é estar lá”, argumentou o técnico da Memorial.




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