Blog do Triathlon

Vazou na imprensa francesa a informação de que a tal razão T/E do Floyd Landis estava, após a prova, acima de 11:1!
Essa é a tal que nos seres normais é entre 1:1 e 1,5:1 na média, e cujo valor de 99% de intervalo (ou seja, apenas 1% passa desse valor) é 5,6:1, e que a WADA/UCi considera aceitável nos ciclistas pro como 4:1.
11 prá 1, depois de 5 horas de pedal...
E mais - também vazou que o teste mais poderoso, com isótopos radioativos, etc.., detetou testosterona EXÓGENA, ou seja, não produzida pelo próprio organismo.
Os advogados de plantão já alegam que o teste não é confiável e já foi abandonado por alguns laboratórios, mas algumas autoridades em doping já disseram, também, que sempre que algum atleta é pego vem com essa conversa, e que o laboratório usado pelo Tour é o melhor que há para esses casos.
E tem mais, ainda... esse é um tipo de doping muito difícil de ser pego, ou provado, porque a testosterona sintética tem exatamente a mesma composição da natural, e porque e meia-vida é de só umas duas horas, ou seja, some do organismo, e porque somente 1% da testosterona do organismo é eliminada pela urina, dificultando a análise.
Ou seja, a dose tem que ter sido cavalar, para ainda mostrar resultado na análise da urina pós-prova - ou será que isso pode ser ingerido via oral?
As tais garrafas dadas pelo carro de apoio? Foram mais de 70 garrafas, a maioria para resfriar o corpo e a cabeça. Quem sabe não deram a garrafa errada no fim da corrida, aquela que estava no lote das duas primeira horas...?
Isso vai dar muito papo, até porque o tal resultado, pelo regulamento da UCI, não caracteriza doping, mas é considerado apenas INDÍCIO de doping.
E os resultados continuam, até onde se sabe, válidos. Não foram suspensos, nem cancelados preventivamente.
Vamos aguardar..
Por mim, quero que peguem todos, todos, sem exceção..