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terça-feira, julho 25, 2006

Tour: Bicicleta desviou Floyd Landis da religião

São 11 horas da noite.

As temperaturas estão negativas.
Ninguém anda nas ruas de Lancaster, Pennsylvania.
Um vulto, com cerca de cinco camadas de roupa, tênis envolvidos em sacos plásticos e com um capacete na cabeça, se desloca em sua Mountain Bike amarela e laranja.

Era FLOYD LANDIS, um dos 147 LANDIS registrados na lista telefônica daquela localidade, que dá as primeiras pedaladas rumo a uma carreira profissional.

E tudo porque leu em um livro de treinamento, que os profissionais pedalam semanalmente, cerca de 700 quilômetros.

“Os vizinhos pensavam que eu era maluco. A minha mãe pensava. Mas se não fosse a bicicleta eu é que tinha enlouquecido”, revelou.

A religião sempre fez parte da família LANDIS.

Mas FLOYD nunca se sentiu integrado na cultura dos Menonitas ou Amish, como também são conhecidos nos Estados Unidos.

Não havia televisão na casa dos pais (hoje em dia a mãe ARLENE desloca-se a casa de um vizinho para ver o filho na TV), automóvel e não estava autorizado, bem como os restantes cinco irmãos, a usar calções.

A bicicleta acabou por “salvar” LANDIS.

Assim com o amigo ERIC GEBHARD, passou a ir para a escola em duas rodas, veículo onde procurava também os melhores locais para pescar.

Dividia o tempo entre a escola, o coro de igreja e um emprego até as 21 horas em uma mercearia.

Depois, quando não havia ninguém para chateá-lo, pedalava até as 3 da madrugada.

Em 1993 entrou numa prova júnior e teve uma boa participação

Deram-lhe um bilhete de avião com Paris como destino, para competir o Campeonato Mundial de MTB.
Não foi nada bem.

Regressou à Lancaster, não pegou durante um mês a bicicleta, mas certo dia se virou para a mãe e disse que queria ir para a Califórnia.

“San Diego era a terra mais longe da Pennsylvania sem sair dos EUA. Assim estava afastado daquela vida”.
Passou quatro anos competindo nas provas americanas de Mountain Bike.

Certo dia, integrado no pelotão amador de uma prova de ciclismo, deu-se o “click”.
Os profissionais tinham partido com 15 minutos de vantagem, e no meio da prova LANDIS já os tinha ultrapassado.

Venceu a prova, terminando com 45 minutos de vantagem para os restantes amadores.

Responsáveis pela equipe T-Mercury lhe ofereceram um contrato de 500 Euros por mês.

Atualmente tem um contrato milionário com a Phonak e neste Domingo 23 de julho de 2006 venceu o Tour de France, sucedendo ao hepta-campeão LANCE ARMSTRONG.




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